Esqueça o Michelin, as tascas de Lisboa merecem o Palito d’Ouro: Tiago Pais, jornalista e apaixonado por tascas, escolheu as 50 melhores da capital e fez um guia que é uma homenagem a estes locais onde se come muito bem por 10 euros ou menos.
Precisava do fim-de-semana. Precisava de dormir sem horas, de me enredar nos meus próprios pensamentos, de dar coerência às minhas emoções e de descansar. Queria ficar comigo por algum tempo, cuidar de mim para mim mesma. Queria ler, queria escrever. A escrita sempre foi a minha melhor maneira de organizar as emoções, de colocar em palavras os indizíveis sentimentos que tantas vezes me assolam. Manter um diário, um registo de desejos e de medos é um habito que guardo da infância e tenho tantas saudades dessa infância das palavras, em que não havia medo. Agora tenho medo das palavras que escrevo. São profecias. Foi com essas palavras que moldei a minha vida, que amassei os meus desejos, que reconstruí as minhas perdas e que tracei o meu rumo. Quase tudo o que sou e o que tenho são essas palavras. Quando arranquei ao esquecimento os meus diários comecei a ter medo de escrever, de estar a criar um mundo demasiado fantasmagórico, habitado de seres frágeis, perigosamente solitári...
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